SEÇÃO LANÇAMENTOS DOS DOIS ÚLTIMOS MESES EM DVDS E BLU-RAY
Antes do análise vamos a sinopse
A trama começa 10 anos depois do primeiro filme. Depois de derrotar o Kraken, Perseu (o semideus filho de Zeus), leva uma vida tranquila de pescador junto do seu filho de dez anos Hélio. A descrença dos homens enfraqueceu os deuses, porém quando Hades e Ares fazem um acordo com Cronos para capturar Zeus, o inferno do Tártaro se alastra pela Terra. Novamente Perseu e seus novos amigos vão se aventurar numa jornada épica para salvar Zeus (o Deus dos Deuses) e o mundo que vive do perigoso Cronos.
O que você diria de um filme onde os Deuses morrem e perdem os poderes?
É isso mesmo que você leu acima! Fúria de Titãs 2 traz exatamente essa aplausível criatividade em sua trama. É algo absurdo de se acreditar, pois os Deuses do primeiro filme mostram que são seres supremos, poderosos e 'imortais'. Já neste filme é o oposto; é impossível não destacar essa tragédia mitológica: o Deus dos Mares, 'Poseidon', vira uma estátua de sal ou de pedra, sei lá, e vai se quebrando até sumir. Já o Deus dos Deuses, 'Zeus', esse te tanto usar o poder acaba morrendo, e o, Deus Hades perde seus poderes e se torna um homem comum. Na opinião da Mago Filmes RD.Z jamais imaginaríamos que um filme de ficção mitológico seria desenvolvido com uma ideia tão idiota assim.
Roteiro sem criatividade
A história é bastante fraca: tudo nela acontece com pressa e nisso não existe tempo de se quer criar uma tensão dramática; os personagens possuem diálogos rasos e as atuações não apresentam emoções alguma em todo o filme,
principalmente a dos novos amigos de Perseu: como a da rainha Andrômeda e o ladrão Agenor.
E Cronos é tão forte quanto aparenta ser?
Digamos que o inimigo mais poderoso e perigoso do Universo de Fúria de Titãs é derrotado com um só ataque. O que acham dessa façanha: será que algo não está errado com o filme?
E as cenas de combate chamam atenção?
Toda cena de batalha é feita em alta velocidade, fazendo com que os detalhes dela não sejam percebidos, e através dessa falha não da para entender certas ações sequenciais. Como por exemplo: a luta de Perseu contra o Minotauro, nela não sabe quem está batendo e quem está tomando uma surra. Nessas cenas tudo se desenrola no escuro: com cortes rápidos, câmera fixada nas partes do corpo em movimento muito agitado. E você só passa a ver direito o minotauro quando ele já foi vencido.
Quer saber o que tem de bom mesmo?
Só os efeitos visuais chamam um pouco atenção e mais nada. Os monstros estão aí de volta, porém nada a impressionar assim como no primeiro Fúria de Titãs. A sensação de medo e perigo é muito fraca, é como se não existissem. Os mesmos erros do filme 1 a respeito das criaturas voltam neste filme 2, e de modo pior.
Da para ficar furioso
Se as divindades gregas existissem de verdade, e assistissem a este filme, certamente elas ficariam bastante furiosas com essa péssima história: superficial, tola, sem criatividade e mau acabada.
A eu sei, foi se os tempos em que a Mago Filmes RD.Z não fazia análises dos principais filmes do mercado cinematográfico. Porém nos dois últimos meses as coisas mudaram por aqui, e nós fazemos análise com o que vemos a olhos cru: se é ruim é ruim, se é bom é bom.
Em fim os templos cairam
É triste saber que os estúdios gastam milhões e milhões de dinheiro com filmes de grande produção, mas repletos de histórias porcarias como
essa feita em Fúria de Titãs 2, e ainda assim consigam atrair muitas pessoas aos cinemas por meio de trailers enganadores. Não é de se duvidar que dentro de alguns anos venha a ter o terceiro Fúria de Titãs para fechar com uma certa trilogia.
Nota 7.0 a 7.5
Para um filme mitológico faltou o que existe de melhor nele: uma grande trama que prenda a tensão de quem assiste do começo, meio ao fim; terem feito personagens com diálogos mais desenvolvidos e que pudessem ter graça; melhores câmeras para as cenas de ação; e que o inimigo no final do filme não fosse derrotado tão facilmente como ocorreu; e nada de Deuses morrendo e perdendo poderes!